2.3.12

Bom dia, Sol! [disse a Chuva que há em mim]


As noites voltaram a não ser fáceis. Dorme-se mas não se descansa. Sonha-se um mundo de absurdos. Acorda-se cansado e com inúmeras angústias entranhadas na pele, alojadas na alma e a correr no sangue. Os primeiros instantes do dia nem sempre são tranquilos. Os movimentos estão ancorados a um mal estar que se deseja rapidamente resolvido. Mas são também assim os dias de que é feita uma vida. De sombras e lugares estranhos. De dúvidas, retrocessos e equívocos. Depois o tempo avança, os gestos reconciliam-se com o dia a dia. Passam os minutos que se transformam em horas e com elas regressa a vontade de continuar o caminho, ainda que o destino seja uma incógnita. Quando o corpo resiste o Sol insiste. Sorri-se perante a obstinada resistência. A nossa. Rendemo-nos á evidência de que a cada dia tudo recomeça. E que no que de nós depende, pode sempre ser melhor. A vida vale sempre, sempre a pena.

3 comentários:

  1. É um mantra que preciso levar para mim. A vida vale sempre, sempre a pena.

    Texto lindo.

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  2. Leva. Leva-o contigo. Porque vale mesmo. E eu sei que é também isso em que acreditas.

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