Pela estrada de pó segue paralelo um campo onde entre terra e areia se planta uma vida. Olha as papoilas, entre o trigo verde. Daqui a dois meses ali ao fundo vão erguer-se, orgulhosos, os girassóis. Árvores que jogam abraços uma á outra pela mão de uma rede que embala as sombras. No ar a certeza dos dias cálidos. Silenciosa habitação de doces murmúrios. Vais lá dentro? Trazes-me o livro? Nos frascos grandes de vidro, recordações do azul vizinho. Conchas, búzios, pedras-coração.
Há um arado ao longe a lavrar terreno para semear família. Há dias em que se ouve tão perto.
Que vontade de seguir por esse caminho, limpar o que deixaria para trás, lavar a cara das lágrimas e seguir rumo ao desconhecido cheia de novas esperanças e com o coração carregado de amor para dar :)
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