Bom dia, Chuva! [disse o Sol que há em mim]

Quem me conhece sabe o quanto gosto de chuva. Gosto tanto de chuva quanto de Sol, cada um nos seus dias e devidos lugares. Mas apesar da preocupante seca deste Inverno, não vou dizer que tinha saudades da chuva. Porque apesar de gostar muito de chuva, o Sol dos últimos tempos tem sido uma precisosa e insubstituível companhia. E por mim tinha vindo para ficar. Mas uma das mais especiais características da Natureza e dos elementos é mesmo essa, não nos pedir autorização para mudar o rumo dos dias nem nos avisar dos seus humores. Obrigam-nos a uma constante adaptação ao seu ritmo, a dançar consoante a sua música. E nunca me cansarei de achar que é nos desafios de adaptação que a vida nos propõe que mais e melhor crescemos para nós e para os outros. Da elasticidade e resiliência perante as circunstâncias nasce sempre mais e melhor resistência para o todo e, potencialmente, para tudo. 

Quem me conhece sabe o quanto gosto de chuva, mas não tinha saudades. Apesar de tudo, acordar ao som da chuva que sem cerimónia batia na janela do quarto foi bom. Fez-me ter vontade de voltar para o conforto dos lençois logo depois do pequeno almoço... e voltar a adormecer embalada pela sua música, num sono a dois. Saudades do futuro...