30.1.10

E com prévia autorização da autora

Uma fotografia fantástica tirada pela M.
Aos dez já diz que quer fazer um curso de fotografia... e eu feliz!

O Sábado, nós e Lisboa













Uma das melhores companhias do mundo. A minha filha!












Fim de semana

Tão bom!

Conversa da noite

- Ó mãe, quando tiveres um namorado dizes-me, não dizes?
Pausa e sorriso - meus.
- Então porquê? Tem de ser sujeito a aprovação prévia?
- Claro! Se for feio digo logo: «Não gosto nada de ti! Não combinas com o meu sofá!»
Risos - ambas

É sexta-feira!

E eu e a M. nas nuvens!
Quanto ao filme, uma palavra: bestial.
Gosto de argumentos sérios que me fazem rir.
E adoro os momentos em que, entre plateia, o silêncio se torna mudo.

28.1.10

Perfeito

Frio
Sol
Livro
Música
Oxigénio
Mar
Areia
Flores
Caminhar
Fotografar
Ser livre

Por dentro, sempre tão perto de mim


Percorrendo hoje de manhã as ruas daquela que sempre conheci como a tua cidade, era inevitável sentir-te em cada canto. Todos aqueles lugares foram tantas vezes percorridos pelas duas, juntas, desde o tempo em que te acompanhava nas rotinas diárias, me davas a mão e me levavas à praça, ralhavas com a peixeira por causa da pescada da véspera que afinal não era fresca, davas dois dedos de conversa na padaria e mandavas pesar a hortaliça na mercearia. Depois, mais tarde, nos dias em que íamos às compras, lanchávamos e tu comias o teu duchesse para logo em seguida -sempre- dizeres que tinhas ficado enjoada.

Não é raro encontrar-te no olhar -muito raro é encontrar-te na profundidade do belo verde dos teus olhos - de uma ou outra velhota que passa, num sorriso ou num passo apressado, como era sempre o teu. Sim, hoje estarias mais velhota, mais enrugada, mais franzina, mas estarias aqui se não te tivesses zangado com a vida e decidido partir por desistir dela e de ti.

Hoje percorri-te, como em tantos outros dias, em saudade. Não porque não saiba que estás bem, mas simplesmente porque não consegui abraçar-te.

Saudades tuas, avó.






Bom dia, meu Sol!


27.1.10

Porque hoje o mundo parece gigante e me sinto terrivelmente pequenina

... contra medos e tempestades, apetecia ter-te aqui, só para me esconder e embalar.Tu sabes que sim.

Manhã



Do lado de fora, o dia cheira a pequenos almoços vagarosos, quentes. As torradas e o café com leite misturam-se com os sussurros das primeiras palavras que se trocam e escapam, abafadas, pelas frestas das portas. Escuto o tilintar dos talheres na loiça enquanto o elevador desliza ao meu encontro.

Do lado de dentro ficou o rasto macio do banho, o aroma do creme, do perfume, o sol entrando pela cortina que se deixa entreaberta, a cama em desalinho, os recantos da casa, a temperatura de uma noite bem dormida.

Do lado de fora está o frio que a lã protege. Do lado de dentro ficou tranquilo, aguardando, um bocadinho de mim.

Bom dia, meu Sol!


26.1.10

Era uma vez...

...uma Alice.
Assim começava eu uma das minhas histórias preferidas, quando a contava à minha mãe.
Esta chega pela mão de Tim Burton... A não perder por nada deste ou do seu mundo!

Mais uma vez...

... a cumplicidade das palavras que infelizmente não sei escrever.

Estranho mundo

Esta noticia provoca-me reacções e sentimentos ambíguos. Até podia dissertar sobre isto, mas ultimamente há algum tipo de energia que já não me apetece gastar...

Ok, vamos por partes

Se aquilo de que falamos é de um filme que será com grande probabilidade um marco cinematográfico, com elevada qualidade de produção e realização, que potencia com perícia a tecnologia 3D e de indiscutível beleza estética, se é disso que falamos, então percebo o fenómeno de bilheteira Avatar.
Quanto ao resto, que me perdoem os deslumbrados fãs, não percebo. Na minha modesta opinião, o dito é um estranho misto de filme de ficção cientifica, acção e Walt Disney, tão carregado de clichés que me assustou.
O que esperar de um futuro onde as naves pouco ou nada acrescentam àquelas que pela década de setenta nos levavam até ao Capitão Spock (e à Maia que não era a abelha), onde os maus continuam a ter moicanas, onde para sermos unidos gritamos e nos defendemos como os índios e em que certamente continuarão a existir xamãs e sinais divinos?
Se é verdade que desaprendemos de reconhecer trilhos, comunicar com a natureza e interpretar a sua linguagem e os seus sinais, será necessário um filme assim para toda a gente se dar conta do óbvio? É que, tanto quanto me parece, isso continua a estar todos os dias ao nosso alcance, dispensando a alienação de um futuro repovoado de animais jurássicos às cores.
Se o sucesso do filme resulta da mensagem, honestamente, não percebo! Só suponho que a razão seja a mesma que assiste a outros Crepúsculos da vida.
Pergunto eu, com toda a sinceridade: onde está a novidade?
E acrescento: eu até sou romântica, lírica e crente. Mas não tanto!

Bom dia, meu Sol!


25.1.10

Um dia...

Quem sabe, volte a não temer que seja sempre assim...

Porque amo a vida

Um dia, uma experiente psiquiatra encontrou uma pessoa que lhe pareceu excepcionalmente saudável e equilibrada. Ansiosa, e estafada de neuroses e psicoses, perguntou-lhe: «Como era a sua mãe?» Em vez das respostas mais comuns - «A minha mãe era uma pessoa muito...», ou «A minha mãe amava-me muito, mas...», «A minha mãe fez tudo por mim...» - a psiquiatra ouviu: «A minha mãe amava a vida»
- Não há famílias perfeitas -
Marta Gautier
No meio de tantas dúvidas que me costumam assolar, ao ler isto sorri, abracei-me por dentro e pensei: Talvez estejas a fazer um bom caminho...

Hope...

Todos os dias planto sementes de esperança e nunca me esqueço de as regar, para que possam crescer.

24.1.10

Gosto tanto!


Do cheiro da minha casa. Do aroma dos meus dias.

Acredita

Queria tanto entregar-me como mereces.
Era tão mais doce e fácil deixar entrar o Sol do teu gigante colo e o calor dos teus protectores abraços.
Não sei se é cedo, ou tarde. Ou simplesmente se nunca chegará a hora.
Só sei que não há palavras que cheguem para dizer o que sinto, por saber que mesmo em todos os silêncios estás e estiveste sempre desse lado.
Só por isso, que nunca foi pouco, mereces o melhor.
E isso, tenho sérias dúvidas que possa algum dia ser eu a dar-te.

Mulheres e Homens que passeiam por este blogue, façam-me um enorme favor:


Não percam a leitura deste livro.
Leiam-no com a urgência que conferimos às coisas inadiáveis, mas em momento algum se distraiam das entrelinhas.

Gosto de ti...


Domingo!

E interrompe-se por breves instantes o estado de hibernação para gritar...

BRAVOOOO!
E aplaudir de pé um filme que consegue elevar o desespero humano a um magistral musical.

Não sendo um estilo cinematográfico que aprecie incondicionalmente, Nine deixou-me rendida à extraordinária banda sonora e às suas passagens, absolutamente geniais.
Para além do óbvio, tem ainda o mérito de nos relembrar que a Infância é uma criança que nos persegue. Muitas vezes, até ao último suspiro.

Muito, muito bom!

21.1.10

Humildade... does it ring a bell?

Rebelde, eu? Para os padrões comuns acredito que sim. Sobretudo se houver alguma tipologia de rebeldes pacíficos.
Se ser rebelde for não ter vocação para vaquinha do presépio e acenar a cabecinha a tudo, dizer amém às missas da vida, ter discursos politicamente correctos, fazer exactamente aquilo em que se acredita, não tapar, custe ou a quem custar, o sol com a peneira, defender com unhas e dentes situações de injustiça, se estas coisas forem rebeldia, então sou seguramente uma grande rebelde.
Mas o que eu gostava mesmo era que quem vende virtudes ao desbarato, e tem sempre pronta a língua e apontado o indicador em riste, se sentasse no banquinho da sua vida e pensasse lá no fundo, falando com os seus botões e as respectivas casas, se não tivesse a vidinha que tem ou teve, se seria assim tão recomendável.
É que se mesmo para quem teve - como eu tive - um bom colo que embalasse, comida, saúde e conforto a horas certas, ainda assim há dias em que o melhor de nós se esconde e a vontade de ser simpático com a vida e o mundo se desvanece, quem seriamos nós, poços de virtudes, se não tivéssemos sequer provado um pingo do que é ser amado e protegido?
Pois a mim parece-me que, ter a certeza que seriamos exactamente quem somos em qualquer circunstância , é não ter a humildade de reconhecer que a maior parte do tempo andamos nesta vida a fugir das situações que mais nos poderiam expor.
Pois, eu sei, nestes dias em que fico assim, também há quem se entretenha a colar um rótulo há muito conhecido por Mau Feitio.
Rebelde, eu?...
Venha ele!

O que é nacional é bom

E às vezes até nos dá boas noticias!

Imbecilidade do dia

Se a cafeína não cura neuras porque é que ainda abuso mais dela nestes fatídicos dias?

Missão Impossivel

Há dias em que se torna esgotante focar-me no essencial.

Malditas hormonas...


Fantástico almoço de junk food!

A nova monarquia

Enquanto mãe, faz-me alguma confusão - para usar uma expressão curta e não dar largas a demasiadas palavras cruzadas - a incapacidade generalizada em percebermos que fazer dos nossos filhos Príncipes e Princesas não deve torná-los em pequenos Reis e Rainhas.
Uma coisa é amor incondicional, outra, parece-me, é fazê-los acreditar que pôr e dispor de quem os rodeia é uma prerrogativa para a vida. Todos sabemos que não é.
E aqueles que julgam que é talvez não sejam o melhor exemplo do que desejamos para os nossos filhos, certo?

Bom dia, meu Sol!




...

Apetecia-me escrever tantas coisas...
Mas o tempo brinca às escondidas comigo...