29.12.11

Inside out & Upside down


A vida desafia a futura geração de adultos - os nossos filhos - a reinventar o dia a dia. Priorizar necessidades, lutar por objetivos bem definidos e entregar-se de forma apaixonada mas segura, sólida e consciente a um projeto de vida. Não tenho muitas dúvidas de que das duas futuras gerações de adultos depende em boa parte o rumo do mundo. É talvez por isso que me sinto tão confiante. Ao contrário da nossa geração, que nasceu e cresceu acreditando na utopia de que tudo lhe era devido e tudo lhe estava garantido, esta futura geração de adultos, quer cometamos a imprudência de dourar a pílula da sua infância, quer não, terá pela sua frente uma realidade bem diferente. Aguarda-os um mundo mais desafiante, mais exigente, mas também incontestavelmente mais intransigente com a verdade. O futuro apela, de forma que me parece incontornavel, á genuinidade de opções e de princípios. Só nesta forma de estar, do que dela decorre e de tudo o que implica, me parece possível a sobrevivência deste fantástico mas ligeiramente abandonado á sua sorte planeta. Mas eu sou das que acredita. Acredito mesmo! E acredito sobretudo porque sinto que, apesar de ainda andarmos um bom bocado distraídos com a educação dos nossos filhos, eles trouxeram este chip da verdade de origem. E eles mesmo se encarregarão de fazer o seu caminho.
Ainda assim, mais do que nos focarmos nas nossas inquietações empíricas, convém estar atentos aos que lhes vamos dando, dia a dia. É porque se queremos que sejam empreendedores e tenham a capacidade de ganhar mundo, convém que nós mesmos nos libertemos das ideias pré concebidas e atualmente inúteis com que crescemos. Se queremos que pensem out of the box, nós mesmos, no dia a dia, no que fazemos e escolhemos, temos de ser o seu primeiro e fundamental exemplo. Caso contrário, que bases temos para os despertar e o "exigir"?...

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