30.12.11

Fim de dia em contagem decrescente

Reparadas as faltas de Natal e repostos os telefonemas aos amigos que tinham ficado adiados para o ano novo, entre um chocolate quente e um descafeínado no sítio do costume, consegui ainda terminar o livro que me acompanhou no último mês. 
Pedro Strecht acompanha-me há muitos anos - mais de dez, seguramente - e foi um dos principais responsáveis pela minha abertura de espírito e interpretação do mundo de marginalidade juvenil com que nessa fase convivia tantas vezes profissionalmente. Trouxe consigo a abordagem humana de um pedopsiquiatra e a resposta ás inúmeras perguntas que tanto me inquietavam e desconfortavam. É impossível ignorar o quanto me emocionei e cresci com as suas linhas, vezes sem conta. Enquanto profissional e enquanto gente. Retomei-o com O Vento á volta de tudo, na sua escrita sensível, acessível na forma e conteúdo, e ainda assim tão poética e ligada á arte. Sobretudo sempre tanto á música, seu privilegiado pano de fundo.
O ano termina com um livro terminado e o novo começará com muito outros, com páginas prontas a folhear, os que tinha e os que recebi no Natal e que estou cheia, cheia de vontade de ler. Se há coisa que coloco na wishlist que não fiz - que com esta idade já me dou ao luxo de não fazer coisas com pouca utilidade prática - é a determinação de arranjar mais tempo para ler. Sinto falta do imenso prazer que me dá.
Agora só falta organizar as fotografias do ano - acabar de dividir em pastas e fazer o imprescindível backup. Amanhã é o dia. Desnecessária mesmo era esta constipaçãozinha chata!

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