Eu sei. Eu sei que não percebes, não podes perceber, mas ficas tão bem ali naquele canto. Tão quieto, tão parado, tão circunspeto, mas tão bem. Eu sei, eu sei que não percebes, que não podes perceber, mas ali ao canto, naquele canto que não vale nada, rigorosamente nada nesta vida, ficas sossegado e a olhar para mim. E eu sei que o único sentido que há nisso se chama absurdo, mas não saias, não te mexas, deixa-te ficar. Quase me basta. Quase me bastas assim.
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