Começar o dia com a noticia do internamento de uma criança deixa-nos de rastos. Se essa criança é uma das melhores amigas de um filho nosso, as emoções redobram. Se o diagnóstico é de diabetes o coração sobressalta-se pela angústia de uns pais, apanhados de surpresa.
Objectivamente, quando planeamos e desejamos um filho, todos sabemos que a vida pode sempre reservar surpresas. Subjectivamente, caminhamos na esperança de que as que podem comprometer uma vida saudável e plena nunca se cruzem nos nossos caminhos. A vida é feita desta ambiguidade, entre o que queremos e desejamos e o que, grande parte das vezes sem pré-aviso, nos acontece.
O susto dá lugar à perplexidade, que dá lugar à indignação, que dá lugar à revolta, que dá lugar à raiva, que dá lugar à tristeza. Quando se trata de um filho, normalmente este caminho não dura mais do que o tempo de lamber a ferida que sangra em nós e seguir. Como num inesperado naufrágio, nadamos rapidamente e impulsionamos o corpo até emergir e resgatar a vida.
É nestes momentos que a verdade de quem somos e do que conseguimos fazer perante a adversidade fala mais alto. É nestes dias, em que a vida nos obriga a arregaçar as mangas e encontrar forças que desconhecíamos, que tudo se torna mais claro. É com episódios assim que relativizar se torna mote de vida e o essencial ganha definitivamente lugar no dia a dia.
Passei por aqui como faço muitas vezes e fiquei eu tbm triste e perplexa... Pela MADA que deve estar muito triste com a doença da melhor amiga e por si!
ResponderEliminarSei que em alturas destas (em qualquer quando se é mãe!!) e acontece algo aos miudos (ou nem tão miudos) que conhecemos o nosso coração fica em ansia por eles e pelo medo do que possa acontecer aos nossos também!...
Um abraço de solidariedade aos pais da C. (é dela que se trata?) e obviamente para si e para a nossa MADA
L.
A Mada ainda não sabe, mas ficará mais aliviada se ao mesmo tempo que souber for ver a amiga, que é o que planeio, hoje à tarde. Não é a C., não. É a M., sua grande amiga desde os 3 anos.
ResponderEliminarObrigada pelas palavras. Beijinho grande.
Um coração de mãe vive sempre fora do corpo, mesmo que seja para os filhos dos outros.
ResponderEliminarAs sinceras e rápidas melhoras.
Bj**
Tanita,
ResponderEliminarPara as crianças, tudo é mais fácil e simples. Depois de um curto internamento, eis que a vida retoma o seu ritmo. Ainda que com novas rotinas e uma constante atenção, segue em frente, com um sorriso e uma imensa vontade de regressar à escola. O tempo fará o resto :)
Obrigada e um beijinho
Ai... nem acreditas como depois do luto da perda de sonhos e de comparações com crianças "sem chatices" a vida pode e é ainda ou mais bela! Eu sei, pelo que vejo. Mas não é pêra doce, não... e chorar também faz bem! Um beijo cheio de carinho e de luz...
ResponderEliminarSofia,
ResponderEliminarAcredito que sim.
Beijo grande para ti!