Conte a si mesmo a história do Capuchinho Vermelho. Dê-lhe as cores e os tons dos tempos modernos, sob o fundo do conto tradicional que já ouviu mil vezes, e vai perceber por que é que desde tempos imemoriais os pais a recitam aos filhos, parando mais aqui («Segue o carreirinho e não te desvies para a floresta») ou mais ali («Avozinha, por que é que tem umas orelhas tão grandes?»), conforme a mensagem que querem passar.
Ao reler os textos que nos últimos quatro anos escrevi para o Destak, sobretudo aqueles que falam de pais e de filhos, dos seus encontros e desencontros, das famílias que se digladiam nos tribunais, das crianças esquecidas em instituições, da saúde mental e da educação, dos preconceitos e dos mitos que nos impedem de ser mais felizes, percebi que são momentos que todos os capuchinhos vermelhos do mundo vão ter, um dia, de enfrentar. E que para conseguirem chegar a casa seguros, precisam de pais mais assertivos do que foi a mãe do Capuchinho Vermelho, mais capazes de os ensinar a fazer escolhas, a reconhecer e enfrentar o lobo mau, a crescer em autonomia e coragem.
Tive, por tudo isto, a veleidade de acreditar que estavam interessados em ler estes textos na forma pausada que só um livro permite, como quem atravessa a floresta, parando aqui e ali. Na esperança, afinal, de que o meu caminho se cruze com o seu.
Isabel Stilwell
Parece-me interessante!
ResponderEliminarComecei a ler este livro e até agora estou a gostar, tenho saltitado de crónica em crónica. :)
ResponderEliminarNão quer esperar até ao Natal?...
ResponderEliminarPodia!! :)
L.
Aline,
ResponderEliminarVindo de quem vem, estou certa que sim.
Pinkk,
ResponderEliminarÉ uma das vantagens dos livros de crónicas. Mas eu sou estupidamente organizada... até nisso.
Levykat,
ResponderEliminarAntes do Natal não o começo a ler, de certeza!... ;)
Eu agora ando numa de leituras...e este livro parece-me ser um dos que vou ter na minha mão da próxima vez que for à Bertrand ou à Fnac e estiver a ponderar que livro irei levar para casa...
ResponderEliminarJane, fazes bem.
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