30.4.12

Das coisas fantásticas da vida | ou como ser feliz não é tão natural como respirar mas é a melhor luta dos dias




Acho, sinceramente, que não havia melhor maneira de acabar este mês e, sobretudo, o meu dia de hoje [ assim qualquer coisa como para lá de esgotante do ponto de vista emocional - sabem como é aquela coisa do elástico, a puxar e a encolher, vezes sem fim?... pois, pior! ] do que com a leitura desta entrevista.

Por tudo o que penso sobre as relações e a comunicação. Por tudo quanto acredito ser a função parental. Por tudo quanto acredito ser a principal missão desta vida: Ser Feliz e gerar Felicidade á nossa volta. Só podia partilhar tão precioso conteúdo, de uma miúda ;) que tanto, mas tanto gosto e admiro e que ainda por cima, sabe bem ter como amiga!

Merecidíssimo destaque, Duchess!
Obrigada, Mum´s the boss!

A estrada ou a vida!





Se achas a aventura uma coisa perigosa, tenta a rotina. É mortal!*

*citação de autor desconhecido

White is a peaceful place to live & love | 28






27.4.12

White is a peaceful place to live & love | 26



Pedras e Caminhos | ou da lucidez das escolhas


Nenhum homem é uma ilha, concordo. Apesar de tudo, e apesar de todos aqueles que possamos ter á volta ao longo da vida, que de certa forma nos rodeiam e apoiam, a vida é, no seu limite, um caminho solitário onde a sobrevivência - sobretudo a emocional - depende maioritariamente da nossa capacidade para ir adiante. E se há fases em que tudo se encaixa no lugar certo e tudo o que se desenrola á nossa volta é harmonia, outras há em que nada ou quase nada parece correr bem ou dar certo. Nesses momentos o caminho é mais solitário que nunca. Todo o piso é irregular e incerto. Há demasiados dias com nuvens e muitos outros toldados por densa neblina. É dificil que o caminho se faça sem escorregar, sem quedas, sem esfolar a alma e sem colocar arestas no coração. Mas é também nessas fases que melhor sabemos quem somos e aprendemos, se assim o soubermos aproveitar, a confiar nas nossas inumeras capacidades para evitar as pedras que nos podem magoar. Mesmo que a visibilidade seja pouca. 
Há sempre uma Luz no fim do caminho. Mesmo que não se veja, ela está lá. E no fim dele, quando a reencontramos, percebemos muito melhor com quem podemos realmente contar e com quem vale a pena partilhar a felicidade que tanto trabalho deu a conquistar. Sozinhos.

24.4.12

13 Anos depois





A felicidade não pára de aumentar. És linda [em todos os sentidos] e tens uma energia que contagia e irradia coisas boas, minha Pocahontas!

23.4.12

Madalena






13 Anos de descobertas mutuas.
13 anos de crescimento conjunto.
Foi tanto o que aprendi por teres chegado á minha vida.
É tanto o que lhe acrescentas, todos os dias.
13 anos... e parece ontem!
Parabéns, filha! Amo-te Muito.


22.4.12

Fim de dia






E há noite, quando tudo se acalma e o dia adormece, a casa perfuma-se de mel, canela e erva doce e entrega-se ao silêncio das pequenas luzes, em paz

Nós. Cegos.



O que faço eu? O que fazes tu? O que fazemos nós?
Por onde se começa o que terminou?
O que fazes? O que fazemos?
Por que ponta se puxa para desembaraçar o novelo?
Há tantos dias sem ponta por que se lhes pegue...

Saudades





Da liberdade daqueles dias, que foram nossos.

White is a peaceful place to live & love | 25




21.4.12

Casa






@ marie claire idées


Tudo e tanto que o branco me inspira.
Uma casa somos nós e o que desejamos da vida.

Um dia


@marie claire idées


Um dia, muitos dos meus dias vão ser ocupados a fazer da vida dos outros uma festa. Cheia de dias felizes e momentos inesquecíveis. Um dia. E, se a Vida me ajudar, não vai faltar muito.

Dos amores para sempre




A minha Marie Claire Idées, certamente. E que a minha mãe nunca se esquece de comprar para mim.
(suspiro)

Contraluz




Nem todos os dias são sobressalto. Há dias em que o coração se aninha e sossega. Que sorri brando e sereno, que se entrega e confia. Nem todos os dias são sobressalto. Só aqueles em que aumenta a sombra por se agigantar o medo, de perder a força, para o caminho que falta.



20.4.12

1 Ano



Faz um ano. Faz um ano que tudo mudou. Faz um ano que a minha vida mudou. Há um ano, sem sonhar, sem adivinhar, sem supor, tudo, rigorosamente tudo, mudava na minha vida. Foram tempos felizes, estupidamente felizes. E outros, difíceis, muito difíceis. Há um ano tudo mudava. E eu olho para trás e não mudava nada. Rigorosamente nada. Foi por tudo ter mudado tanto que sei ainda melhor quem sou, por e para onde vou.
Há um ano tudo mudava. Um ano depois tudo mudou. E ainda bem. Sou-te Grata, muito Grata, Vida!
Há Amores que são para Sempre. Porque vão muito além da Eternidade. 
E é assim, este enorme Amor. Um principio, sem fim.

19.4.12

35

É este numero, mas podia ser outro qualquer. É apenas um número, uma referência. 35. Estático, não aumenta. E quando aumenta não traz o que o coração espera. 35. Como um insignificante numero pode pesar tanto...   Par de ímpares, de costas voltadas. Coisas que só quem sabe percebe.

Coincidências

A vida está cheia de coisas que se parecem com elas.

1992




Há 20 anos pintava assim.

Maestro



Por aqueles dias não havia música. Havia um silêncio grande e rente, que abafava os gritos de toda aquela gente. Eram dias estranhos, confusos. Andavam todos absortos no avesso da vida e nas nódoas dos panos. Cruzavam-se na dor que já nem doía, na anestesia dos horários, nos passos desencontrados dos encontros comuns. Por aqueles dias não havia música. O infinito não proferia um som. Depois alguém tocou uma nota, abriram-se os olhos de espanto e toda a gente acordou.


4

Life is real

É sempre assim. Em Abril, o Verão que em Fevereiro e Março se antecipa á Primavera, transforma-se sempre em Outono com ambições de Inverno. E já não nos apetece. O corpo, os sentidos, já só anseiam pelo que os aquece com pouca roupa. Mas o tempo é o que é, como a vida, e, quer queiramos ou não, só faz o que lhe apetece. Chamem-lhe caprichosos. Serão. Mas as coisas são o que são e só temos vantagens em ser humildes e aceitá-lo. Somos muito mais felizes sempre que não nos condicionamos ao exterior para fazer seja o que for. 

Há muitas formas de chamar o sol. A música terá sempre o inesgotável efeito de nos vestir por dentro. Chamo as notas de terras quentes. E entrego-me ao seu efeito. 
Life is real!
Bom dia, Vida!

18.4.12

Interiores



Há um canto de uma janela que sabe tudo. Sabe do sol e da chuva. Dos cigarros que em tempos se saboreavam. De confidências ao telefone. De contemplações. De silêncios. De reflexões. De orações. De fugas. Há um canto de uma janela que sabe tudo. Que me sabe de cor. Que dá abraços. E que escuta. 

Both sides of me


Uma boa parte de mim.
E a vida, que é justa e tudo ajusta, vai fazer a sua parte. Eu sei que sim.

Always

17.4.12

Bolo de Laranja


... na cozinha reencontro-te sempre, avó!

Tia Laura



A grande responsável pela minha ENORME paixão por bolinhas [quem me conhece sabe bem o que digo...] Esta chávena da Vista Alegre, uma genuína peça vintage, resgatada aos baús de uma tia-avó que partiu era eu bem pequenina. Uma delícia!

Geografia da alma



Uma vez por ano o chão era pó de terra fina e caruma de pinheiro manso encardindo os pés. E os dias eram das videiras, dos tanques com água de cor duvidosa e limo nos cantos, das ruas de paralelo, das galinhas, dos burros, das carroças com rodas de madeira, dos coelhos. As horas eram sol, sombra, lua, estrelas. A palha enchia colchões e a espuma era muita dentro das almofadas e ás vezes fazia doer os sonhos. Havia crianças, muitas crianças. E rua, muita rua. E havia um sapateiro numa esquina e o ar cheirava a cola entranhada nos dedos escurecidos. E logo a febras na brasa e a sardinhas comidas com figos. Havia pelo menos um baloiço numa árvore. Pinhões e avelãs á sobremesa. E pêssegos carecas. Janelas de guilhotina, dobradiças e soalhos que rangiam e a minha bisavó sempre na soleira da porta. As sombras do candeeiro a petróleo. Uma vez por ano era assim. Sei que uma vez por ano não basta. Agora que o meu chão é também  areia e feno tingido de sol, e pedras polidas e sal. Uma vez por ano não basta. Não vai bastar nunca mais. Há uma menina do campo com um coração ancorado a Sul. 

16.4.12

Segunda pessoa do singular



Eu sei. Eu sei que não percebes, não podes perceber, mas ficas tão bem ali naquele canto. Tão quieto, tão parado, tão circunspeto, mas tão bem. Eu sei, eu sei que não percebes, que não podes perceber, mas ali ao canto, naquele canto que não vale nada, rigorosamente nada nesta vida, ficas sossegado e a olhar para mim. E eu sei que o único sentido que há nisso se chama absurdo, mas não saias, não te mexas, deixa-te ficar. Quase me basta. Quase me bastas assim.

O meu lado Vintage






Embora me encantem as casas modernas, com look contemporâneo e despojado [desde que não seja em demasia], é inegável o que me liga a outros tempos, outras referências e ás peças que guardam uma história. Na minha casa mora uma cantareira antiga, um móvel de casquinha com de mais de três metros de altura [nem imaginam o filme que foi metê-lo dentro de casa!], onde habitam diversas peças, sobretudo faianças antigas que fui recolhendo ou me foram oferecendo ao longo do tempo e fazem parte da minha vida. Estas são três delas e, acho que não será injusto para as outras dizê-lo, as minhas preferidas. O coração e o casal tirolês foram há muitos, muitos anos, comprados pelos meus pais, em antiquários, talvez. A doce e envergonhada menina holandesa, foi a tampa de uma caixa cuja base se perdeu algures no tempo e foi herdada de uma tia com um dos meus nomes preferidos: Laura.
Porque as casas, como as pessoas que as habitam, guardam segredos e contam histórias, hoje apeteceu-me partilhar por aqui o amor que tenho por estas peças que, afinal de contas, falam tanto sobre mim.

Corações






É antigo, o meu encantamento por corações. Estes são meus. Uns foram comprados, outros oferecidos. Todos  aquecem alguns recantos cá de casa.

15.4.12

Cozinha






Pegando nas palavras de Rosa Pomar, neste post do seu blog A Ervilha Cor de Rosa, também eu cresci numa casa com o coração na cozinha. E hoje, confesso, cada vez percebo melhor. Muito dos afetos passam pela cozinha, pelo preparar de uma refeição, pela forma como temperamos a vida com a dose exata de condimentos, como perfumamos os dias, como alimentamos quem amamos.
De volta ás rotinas do dia a dia e ás semanas com a M. revivo esse prazer. Mas, mais curioso ainda é sentir o que sinto quando imagino aquela cozinha, daquele espaço, com aquelas pessoas, que um dia será nosso. E tudo o que se viverá, á volta de uma mesa. Tão bom!

Passado com Futuro



Não me considero uma pessoa saudosista. Gosto de olhar para o que vivi como parte do percurso, etapas de um caminho que ainda percorro e gosto de acreditar que posso sempre reviver, reinventando, o melhor do que experienciei ao longo dele. Não tenho muito feitio para passar a vida a olhar para trás e a suspirar, de olhos postos no que já passou. As únicas saudades que são insuperáveis são as das pessoas que já partiram, mas, ainda essas, gosto de revisitar com sorrisos, relembrando o melhor do que deixaram na sua passagem pelos meus dias. E sou grata, por terem sido muito poucas, até agora.
Gosto do Passado, como gosto do Presente e do Futuro. E gosto de poder conjugar o melhor dos três tempos no melhor dos dois mundos. Porque o contemporâneo pode e deve andar de mão dada com o antigo. Porque a azáfama dos dias pode sempre ser temperada de momentos de prazer, comunhão e bem estar. Porque não devemos desistir de encontrar tempo para recordar quem somos e de onde viemos, porque é também isso que nos ajuda e reencontrar e a vincular.
Recordo o tempo em que a minha mãe me ensinou a fazer sombras á luz do candeeiro. Era perita no coelho e no ganso. Sei que pouco deste mundo explorei com a M.. Ao ver este delicioso manual, tendo tão claro quanto definido o que projeto a médio prazo para a nossa vida, não hesitei em trazê-lo comigo. 
Pouco ou nada me deterá de fazer com que uma boa parte do Passado seja um Futuro transformado em Presente, na nossa e em muitas outras vidas. E que bom e que felizes vamos ser!

14.4.12

Luísa Sobral e o CCB








Luísa Sobral tem 24 anos e é inconfundível, pelo estilo musical, pelo tom nasalado e a forma peculiar com abre as vogais. Não é, seguramente, consensual. Alíás, atrevo-me a dizer que de tão peculiar, é do género que se detesta ou se adora. 
Chega ao fim um ano de trabalho, desde que lançou o seu primeiro e único disco. A mim, conquistou-me desde o momento zero. Pelo estilo, a estética e o talento - é autora das letras e compositora das músicas. Mas, mais uma vez, reforço, não será consensual a avaliação do seu percurso. Para mim, nasceu claramente para a música. Gosto muito, ponto final.
Hoje proporcionou um magnifico concerto no CCB. Não sendo um "animal de palco", é uma interprete de público. Explico-me: o seu estilo intimista chama-nos para a sua intimidade com a pureza, a simplicidade e a humildade de quem está entre amigos. E, bizarramente, é por tudo isto, e pela incontestável qualidade acústica da sua atuação, que curiosamente não saí de coração cheio deste concerto. Porquê? Porque merecia muito melhor público. Porque um artista, um cantor, vive do seu público, da sua energia, da sua cumplicidade, da sua comunhão, do seu incentivo, do seu envolvimento, do seu aplauso. Porque ainda que não sejamos todos iguais, nem vivamos todos as emoções da mesma forma, há um sentido que nos move em determinada direção. E ir a um concerto é uma forma de vivenciar e comungar momentos numa relação de simbiose, quando não mesmo de osmose. E se um cantor nos puxa, nos dá espaço para manifestar e participar e continuamos agarrados á cadeira e á voz, com medo de fazer alguma coisa que pareça mal ou incomode... então, alguma coisa está errada. E no caso, asseguro, o mal não estava no palco, mas num público atarracado e pouco motivador, a quem as intervenções foram, incompreensivelmente, arrancadas a ferros. Confesso: incomoda-me!
Há quem, como a Luísa, tenha nascido para a música. Há quem não tenha nascido com paciência para o público português: eu, definitivamente!


Breve nota sobre o CCB: foi a segunda vez que assisti a um espetáculo no CCB. Mesmo esquecendo o facto de eu ser a pior companhia possivel, por estar constantemente a traçar e a destraçar alternadamente as pernas - quem já se aventurou a fazer a mais curta refeição em frente a mim sabe o que digo! - o espaço entre filas é imoral e transforma o que devia ser uma nobre plateia numa ridicula lata de sardinhas. Como se não bastasse, proíbe a captação de qualquer tipo de imagem ou som. Que se proiba o uso de flash, dá, por motivos óbvios, para perceber... agora, de imagem e som?... Com tanto telemóvel ultra-avançado á mão de semear?... Mas alguém acredita no cumprimento destas regras?... E alguém sai prejudicado pela captação de um ranhoso video caseiro de um concerto? Não são estas pequenas caseirices que, mesmo mal amanhadas e espetadas logo a seguir no youtube, ajudam a promover mais e mais os próprios artistas?...E de fotografias do espetáculo?...O que é que leva o CCB a ter uma prática tão ridícula quanto tacanha quando outras salas, tão ou mais nobres do que a sua, o permitem?... Não sei sequer se me apetece perceber. Acho que é mais uma questão de deixar de fazer parte das receitas, para gente com um grau de estupidez superior ao que o bom senso permite ...
Já agora, só para que conste, as fotografias que aqui aparecem foram captadas nos primeiros minutos do concerto. A minha interpretação da advertência inicial era de que não podia ser gravada imagem, o que não incluía fotografar, mas apenas filmar... como tive a feliz ideia de comprar um bilhete á ponta, houve quem se tenha depois encarregado de me elucidar... Haja saúdinha!

I would love to




Provavelmente, a minha preferida, entre todas as que tanto gosto.

E que me transporta, no tempo... com o doce aroma da Primavera a chamar as noites de Verão. Para ouvir daqui a poucas horas, no CCB.

Hoje



É dia de concerto.