28.6.12

Quase



Esta imagem não tem recurso a photoshop e foi captada por mim, em Sagres, na Praia do Martinhal em Março deste ano. Se outras de peso não existissem na minha vida, esta cor, este oxigénio e esta liberdade seriam razões suficientes para contar os dias para o reencontro.
Está quase, querido Azul.

24.6.12

& this summer smells like



{ porque me tenho portado bem e achei que merecia um mimo }

Praia



Hoje sem fotografias, mas com o primeiro banho de mar entranhado nos poros. 
A comunhão com os peixes grandes e bonitos, que nadavam à beira dos meus pés, e esta sensação de plenitude e harmonia com a vida, no regresso a casa, ao fim de um sereno dia de Verão.

23.6.12

Noite de S. João



E qual Vasco Santana, a Lua da minha rua conversa com o candeeiro.

Hoje













Hoje não foi só o primeiro dia de praia. Foi também o dia de regressar à praia da minha infância. 
Passaram cerca de vinte anos, desde a última visita. Mudaram algumas coisas. Poucas. Mas o que mudou, mudou para melhor e o cheiro da Praia da Mata continua igual. Foi muito bom regressar e sei que não ficamos por aqui.

Até amanhã! :)

22.6.12

Bom dia Verão


a areia nos pés. o sol e o sal, na pele.
o primeiro fim de semana de praia está mesmo aí!!!!! :)

19.6.12

Fim de ano



O ano letivo terminou. Para o bem e para o mal, alunos e encarregados de educação podem respirar de alívio. E os professores também. 
Quaisquer que tenham sido os resultados, o ano passou. Agora é tempo de férias. E, ao contrário do que muitos pensam, nas descontraídas férias cresce-se e matura-se. Muito!
Como mãe de uma pré-adolescente de 13 anos, já passei, como mãe-educadora por muitas fases. Anos de maior e menor sobressalto. Este ano não foi, definitivamente, um ano agitado. Muito antes pelo contrário. Mas muito provavelmente não o foi, porque foi o ano passado :)

Nenhum de nós nasce ensinado e formado para rigorosamente nada na vida. Apesar de tudo, incompreensível e obstinadamente, parece que continuamos a só nos dar conta disso em relação aos resultados escolares, primeiro, e à formação académica e profissional, mais tarde. Só aí achamos que temos de estudar, investigar, comparar, experienciar, ter mundo. E é pena. Porque a profissão de pais nem sempre (muitas vezes não o é, de todo, nem antes nem depois) é acompanhada de vocação. E ter uma profissão em full time  para a qual não se tem a mais pequena vocação exige mais estudo. Porque mesmo quando se tem uma vocação nata para esta coisa de ser pai e mãe, mergulhamos numa gigantesca aventura. Porque é fascinante mas não são favas contadas. Porque não há fórmulas mágicas. Porque não há receitas certas. Porque somos todos diferentes. Nós e os nossos filhos. Porque não somos formados para a função mas, infelizmente, somos muito formatados para a sua condição. Porque a história está povoada de estórias da carochinha a que ainda ninguém descobriu a verdadeira moral... 

Na sequência de um e-mail trocado no outro dia, como mãe-educadora com um caminho povoado de tentativas-erro e, simultaneamente, uma eterna aprendiz, que procura há muito beber as mais diversas experiências e visões das mais diversas fontes, deixo aqui, neste final de ano letivo, algumas ponderações absolutamente genéricas. Porque acredito no valor da partilha.




  • As crianças têm, por natureza, prazer em descobrir e aprender coisas novas; faz parte do nosso percurso de crescimento, conhecer, desbravar, expandir.
  • Nem todos revelamos interesse em descobrir e aprender as mesmas coisas, nem tão pouco o mesmo ritmo nessa descoberta; o prazer de aprender quando somos pequenos tem, e muito, correspondência com muito daquilo que revelaremos mais tarde, em termos de vocação, apesar de todas as transformações a que a idade e o crescimento nos vão sujeitando
  • A grande maioria das crianças - atrevo-me a dizer as saudáveis - preferem a aprendizagem pela experiência, pela vivência; a sensorial à académica. Até relativamente tarde, uma aprendizagem que seja feita à margem desta experiência é menos tolerada e menos assimilada;
  • As pequenas-grandes mudanças no quotidiano de uma criança podem desencadear pequenas-grandes mudanças na sua estrutura/conjuntura. A maioria das vezes, essas transformações fazem-se em pequenos ciclos, com pequenas manifestações comportamentais de alteração, mas de carater temporário; outras - dependendo da estrutura emocional da criança, da estrutura do seu meio envolvente, da atenção dedicada ou não à mudança, da capacidade de comunicação, verbalização e intereação entre os interlocutores da mudança - podem permanecer por mais tempo, ora como sintoma de mudança mais estrutural e estruturante da personalidade, ora como sinal de alerta da criança ao seu meio envolvente, para que a ajude a resolver um mal-estar que não consegue resolver sozinha. Estes sintomas são, muitas vezes, transportados e manifestados no espaço escola, a diversos níveis.
  • As comunidades escolares e os professores em particular, têm, a par da família um papel fundamental na construção da estrutura das criança. Infelizmente, numa boa parte dos casos, escolas e professores são ainda muito mal preparadas para se encararem nesse papel de forma prática e ativa; a tendência para repreender, castigar, rotular, marginalizar é, assustadoramente recorrente - porque um aluno que dá trabalho não é encarado como um desafio, mas como um estorvo. No seu dia a dia, as escolas não assumem o importantíssimo papel de ajudar a crescer. E todos sabemos que crescer não é fácil!
  • Socialmente, exige-se hoje em dia que sejamos pais perfeitos, que estejamos atentos a tudo e, sobretudo, que sejamos geradores e promotores de seres de sucesso. A toda a hora, pela pressão e imposição do nosso dia a dia, somos empurrados a olhar para os nossos filhos como pré-candidatos ao mercado de trabalho, a um mundo de feroz concorrência e competição; sentimo-nos obrigados a muni-los de armas e bagagens para tudo, como se o mundo fosse um cavalo de batalha e o dia a dia pouco mais do que uma guerra aberta. Provavelmente mais do que nunca, encaramos os filhos como um espelho de nós mesmos e, angustiados que estamos com o que vemos à nossa volta, tememos rever neles as nossas histórias de dificuldades, medos, retrocessos e insucessos;
  • Quando crescemos desenvolvemos um estranho branqueador de memória. Passamos a ter dificuldade em olhar para trás e recordar a criança e adolescente que fomos. Muitas vezes, também - demasiadas, diria eu, e é pena - sabemos muito pouco sobre os que nos antecederam ou até mesmo sobre quem temos a nosso lado. Seria importante nunca esquecer que a genética é incontornável e prodigiosa a dar-nos pistas. "Filho de peixe sabe nadar" e "Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és", aplicam-se aqui como uma luva :)
  • É fácil perceber o quanto esquecemos que somos parte de um todo, de um percurso, de um crescimento, se tomarmos atenção à forma como nos exprimimos, referindo-nos às crianças - e também aos adolescentes - como se fossem parte de um mundo diferente do nosso. Se trocarmos expressões como: "as crianças estão sempre a pedir atenção" ou "os adolescentes dão muito trabalho" por "quando somos crianças estamos sempre a pedir atenção" ou "quando somos adolescentes damos muito trabalho", veremos a enorme diferença em que isso se traduz, empaticamente. É fácil avaliar à distância, mas só é fácil porque já passamos por lá. E se passámos, por que esquecemos? O que ficou mal arrumado para insistirmos em estar divorciados dessa parte de nós? E se não esquecemos, por que não aproveitamos ativamente a informação, seja positiva ou menos positiva, que ficou arquivada?
  • Há uma tendência natural, mas nem sempre saudável, de olhar para trás e de comparar. Comparar os nossos filhos com as crianças ou adolescentes que fomos só faria sentido se considerássemos que devíamos ter sido iguais às crianças e adolescentes que os nossos pais foram... e certamente, nenhum de nós pensou ou pensa assim. Cada geração é uma geração. Evolui, traz novos desafios, mas também novas respostas. Ainda bem!
  • Quantas vezes nos perguntamos coisas como: "Gosto de um emprego que me amarre a uma cadeira horas a fio a fazer coisas que sinto que não contribuem em nada para o meu crescimento pessoal?"; "Gosto de sentir que alguém que me é importante e para quem me sinto importante, trouxe para a sua vida outra pessoa que lhe é tão importante quanto eu?"; "Quando tenho alguma coisa que me assusta e angustia, a minha relação com o mundo e os que tenho à volta, fica igual?"; "Tenho obrigação de fazer e dizer tudo de acordo com as expetativas dos outros e se não o fizer eles têm o direito de gostar menos de mim?"... Que respostas encontrávamos, nós, adultos, a estas perguntas?... Certamente que não lidamos, ainda hoje e já sabendo tanto mais, com toda a mestria com situações como estas...pois não?
  • É fácil cair na tentação de pensar que estamos a fazer alguma coisa mal, que estamos a falhar em algum ponto com um filho que nos está a enviar sinais preocupantes. Quando nos assustamos desorganizamo-nos e, menos organizados, ficamos com menos espaço disponível para priorizar. Por vezes faz falta parar, ganhar alguma distância da situação que nos preocupa e tentar ver, com objetividade, que "mancha" real tem na nossa vida. A maior parte das vezes, depois de feito este exercício, percebemos que o que nos parecia gigante, estava apenas em cima das nossas cabeças. Relativizar e priorizar as nossas inquietações do dia a dia, dá-nos fôlego para agarrar com outra energia o essencial;
  • No espaço escola, passam-se muitas vezes coisas que, ora por vergonha, ora por não encontrar espaço emocional ou temporal para o fazer, os nossos filhos não partilham connosco. Nem sempre o facto de um filho nos dizer que não gosta da escola nem de aprender tem, efetivamente, relação direta com a aprendizagem. Muitas vezes as crianças usam esse argumento, ora por ser mais fácil e direto, ora porque elas mesmas não interpretam a razão de fundo. Mas, muitas, muitas vezes, essa distância é ganha por dificuldade de integração em grupos ou em brincadeiras a que os adultos à volta não estão qualitativamente atentos (nomeadamente os professores)
  • Muitas vezes ficamos - enquanto crianças, adolescentes e adultos - presos nos nossos próprios ciclos de medo - frustração - deceção - vergonha - zanga - problema. Honestamente, como ficamos mais confortáveis: que nos digam que "somos maus", que estamos a "falhar", que estamos "abaixo do que esperam de nós", ou que nos chamem para perto de si e nos digam: sei que não és assim, diz-me o que te inquieta, talvez te possa ajudar?....
  • Quantas vezes partimos das nossas dificuldades e dos nossos medos como ponte para a comunicação? Falar apenas do que conseguimos fazer e dos nossos sucessos como exemplo, ainda que possa ter a melhor das intenções, constrói muitas vezes dentro nos nossos filhos modelos inatingíveis de perfeição, fazendo-os sentir, recorrentemente, que façam o que fizerem ficarão sempre aquém das expetativas do seu modelo.

Comunicar ajuda a fazer caminhos. 
A relação é, provavelmente, a maior fonte de todos os bens e de todos os males ao longo da nossa vida. Começa no momento em que alguém decide gerar-nos e com isso amar-nos, ou não, exatamente como somos. Mas é talvez, também por isso, a maior fonte de salvação.
Todos erramos, todos temos medos, todos temos, muitas e muitas vezes, vontade de desistir, de dizer "assim não brinco!" Todos!
Mas o amor e a capacidade de comunicar com o mundo à nossa volta ajudam a fazer qualquer caminho com muito menos medo de errar e, sobretudo, acreditando que é com o erro que mais e melhor aprendemos.
Faz toda a diferença percebermos que não somos amados só se fizermos tudo bem. E, muitas vezes, mesmo que com o coração nas mãos e a dúvida instalada na alma, vale a pena dizer a um filho - ou a qualquer outra pessoa importante na nossa vida - "Não conseguiste agora, mas vais conseguir a seguir. Porque és capaz de tudo o que desejas. Porque eu sei que é isso que desejas porque, se não fosse, não ficavas triste, nem zangado, nem assustado como estás. Tu consegues e eu estou aqui, para o que necessitares, incondicionalmente!"
Mas a par de tudo isto é também importante, e muito, que nunca nos esqueçamos que o amor é um caminho com duas vias. Culpabilizarmo-nos a todo o instante pelos resultados dos nossos filhos, anularmo-nos em nome dos seus transitórios caprichos, nunca foi ou será uma boa resposta às suas dúvidas, anseios e pequenas quedas. Distinguir claramente os papeis de pais e filhos, mantendo o amor-próprio de mão dada com a responsabilidade de cada um é, seguramente, o caminho que maior sucesso pode trazer ao futuro de todos.

Que venham agora as férias, mergulhemos nas experiências vividas e cresçamos com tudo o que aprendemos este ano letivo!

13.6.12

Ciclo de vida


Do caos vem a clarividência. 
Da clarividência vem a força. 
Da força vem a decisão. 
Da decisão vem a luta. 
Da luta vem a paz.

12.6.12

Do silêncio


Das peças do puzzle em modo zoom à vida





Gosto deste simultâneo puzzle e zoom que é a vida. Puzzle porque todas as peças se encaixam, no sitio certo, na altura certa. Zoom porque, sempre que ganhamos distância para a olhar em perspetiva, temos esta noção de expansão do mais pequeno para o maior... ou, ao contrário, do maior para o mais pequeno. É assim a minha como todas as outras vidas. A diferença pode estar apenas na atenção que dedicamos, ou não, a estes detalhes.
A S. é minha amiga desde os 5 anos. Conhecemo-nos no mesmo colégio e fomos amigas desde a pré-primária, muito embora só tenhamos partilhado a mesma sala de aula, a mesma turma, a partir do 1º ano do ciclo. A vida tem destas coisas. 
Quando olho para trás, além do orgulho que tenho em manter ao longo dos anos uma amiga com tantos anos de caminhada conjunta [e, felizmente, não é a única], vejo, em modo zoom, o bonito puzzle que se foi construíndo, a partir dela: com a S. veio o A., que com ela gerou o pequeno G.  Por sua vez, através do A., conheci a R., e a R. trouxe-me a I. 
Além destas pessoas maravilhosas, pela mão da S. vieram também o P., a L. e a P. E todas estas pessoas são, de facto, pessoas muito especiais na minha vida, e cada uma chegou no momento certo, com o papel certo, ao palco dos meus dias.
É por estas e por outras que acho a vida tão bonita. E, ainda mais do que bonita, tão rica. 
A minha amiga S. é uma menina muito especial e, certamente por isso, trouxe à minha vida pessoas tão especiais e bonitas quanto ela. 
Por tudo isto, que é tanto, obrigada, minha querida, por seres uma parte tão importante do meu puzzle.
Só quero que sejas Feliz!


*imagens captadas no lançamento do livro da R., que acima referi, e que é a nossa inspirada e inspiradora Rita!

10.6.12

Torna-se público porque é notório


As respostas aos comentários neste blog andam atrasadas. Devagarinho, devagarinho, acho que chego lá. 
Entretanto, obrigada a todos os que vão passando, de novo, ou nem tanto. Gosto de vos ter por cá!

Amarelo é...



... o suspiro não o pôs!

Por aqui foi tarde de suspiros.
Eu suspiro. Tu suspiras. Ele suspira...
No fundo, o que mais queremos é ser felizes!
Enquanto a vida não se encaixa, tornemos os dias mais doces. Foi o que fiz!


com o público agradecimento á  minha querida comadre
que, com este postme  fez suspirar este domingo =) 

Das coisas que me fazem sorrir


A cor e a felicidade dos dias de festa.
Os detalhes com que tornamos a vida ainda mais bonita.
O sabor dos dias que estão por vir.

Enquanto não chegam, vão-se juntando, com fé e serenidade no Presente, pequenas peças do puzzle de um Futuro de comunhão, partilha e harmonia.


o meu público agradecimento Ó dona (i)Ana, por me ter feito chegar a estas peças, por este post!

9.6.12

fim de dia




.: apesar de tudo e da saudade imensa, há fins de dia que se bastam assim. 
o chá e o canto da janela. e a paz que depende de mim.

Um livro para ti

















Havia um livro que vivia no coração da Rita. Mas as pessoas como a Rita, que têm um coração ainda maior do que os seus sonhos, não descansam enquanto não partilham com os outros os sonhos que, de tão grandes, nascem no coração com a missão de ver a luz do dia. 
Havia um livro que vivia no coração da Rita. Esse livro nasceu no dia em que a Rita o sonhou e acreditou no seu sonho. Porque é assim que a vida se cumpre. E todos os sonhos em que acreditamos se cumprem. Porque sempre que acreditamos nos sonhos, que não são afinal mais do que a mais pura essência do que somos, estamos a escutar o coração. E sempre que escutamos o coração estamos a acreditar em nós. E quando acreditamos em nós, não há sonho que não se realize. Nunca duvidem, por um segundo, disso.

Um Livro para Ti não nasceu hoje. Nasceu no dia em que a Rita o sonhou, mas foi hoje que brilhou mais que a luz do dia. Porque as pessoas que tendo luz própria deixam que ela as guie, dão sempre aos dias dos outros muito mais brilho.

Parabéns, Querida Rita!
Obrigada por fazeres parte do meu mundo =)


Mais informação aqui e aqui