E foi assim

Tudo começou quando no meio de uma conversa me respondeste num gesto lento com esta surpresa.

Depois foi ver o Coliseu encher, até ninguém caber mais...

Vibrar e sentir toda aquela energia a percorrer a pele e a alma, quando o palco se povoou de mágicos acordes, notas, sons e vozes.

E dançar, muito, sempre. Porque quando vou a um concerto vou porque gosto, por isso estou lá, estou inteira e sou das que dançam, das que aplaudem com palmas fortes, que assobiam [sim, como se assobia às cabras no monte, loud and clear] de contentamento e entusiasmo, que batem os pés [não, não é pateada que isso era o que se fazia na ópera para mostrar o desagrado] e intensificam o ritmo das palmas a pedir bis.

Porque nos concertos sou como na vida, das que não se inibem de mostrar as emoções, e ri e chora [sim, se for caso disso], mas que está de corpo e alma, do princípio ao fim.

E depois de dançar tudo, comigo e contigo, o Rossio de mão dada, o Bairro Alto que ficou adiado e os bolos quentes que apeteceram, começava a madrugada.

Não é fácil descrever uma noite assim...