31.5.10

Breve resumo do [nosso] Rock in Rio

Nunca tinha ido ao Rock in Rio. Por um motivo ou por outro, o evento tem-me passado ao lado.
Confesso que apesar de gostar de concertos, nunca me senti demasiado atraída por festivais, talvez na errada ideia de que em espaços tão grandes a acústica não valesse o bilhete que se paga. Quanto a esse ponto, ou melhoraram muito, ou estava errada, reconheço. Mas, não fosse ter uma filha pré-adolescente, muito provavelmente ainda não teria sido desta ou mesmo doutra, que lá fosse. Experiência feita, posso dizer que passava bem sem ela porque, sendo giro, não foi muito para além do que imaginava. Claro que o facto da estreia ser num dia em que o cartaz era o que era, também não ajuda. Mas que continuo a preferir concertos a festivais, lá isso é verdade. Pagar uma pipa de massa - no caso nem me posso queixar que foi o meu pai quem ofereceu! - para levar com o que não interessa até conseguir ver o que interessa, parece-me não só um desperdício de dinheiro, como de tempo.
Posto este longo intróito, serve o presente para dizer que, com toda a justiça, me rendo ao animal de palco que Miley Cyrus corre sérios riscos de se tornar. A menina da Disney cresceu e quer, a passos largos, liberta-se da Ana Montana [e visivelmente da roupa!] que a catapultou para o estrelato. Mas se me parece perigoso que se refira tantas vezes a essa necessidade [sobretudo nos termos em que o faz, porque parece sempre mal morder na mão de quem nos deu de comer], a verdade é que Miley Cyrus me parece ter quase todos os ingredientes para dar que falar. Tenha assim a inteligência de saber gerir uma carreira tão meteórica, cousa que, como a história já nos tem demonstrado, nem sempre é fácil de saber e alcançar.
E se terão existido crianças [ainda assim acredito que poucas, porque a nossa estrela é sempre a nossa estrela] que possam ter ficado desapontadas, por não reconhecer naquele gigantesco palco a sua heroína cor de rosa e cheia de purpurinas, tenho cá para mim que o índice de pais que, naquela noite, tomaram a solene decisão de ser melhores pais e passar a levar as suas princesas a todos os concertos da dócil Miley foi claramente superior ao daqueles que se benzeram, na esperança de ser perdoados ter levado as inocentes a ver um espectáculo de perdição...
Ana Montana, Miley Cyrus e Destiny Hope ´S à parte, foi um dia bem passado, com direito a boa disposição, pó, encontros, reencontros, pó, piqueniques, pó, palhinhas, sorrisos, brindes marados, pó, pastéis de nata e tudo!
Resumindo, EU FUI!

2 comentários:

  1. Nós estando longe não pudemos ir. Vimos apenas as imagens no telejornal e a reacção da filhota foi expeditiva :

    "Porquê que ele está dizer que é a Anna Montana?! Aquela não é de certeza!"

    Confesso que fiquei um pouco chocada com a atitude indiferente que teve perante as crianças que ficaram horas a fio à espera de um autógrafo, mas isto devo ser eu, achei que um miminho ou uma palavrinha simpática não lhe ficaria mal. O que prova que esta menina ainda está em processo de crescimento e como todas as adolescentes, passa por todas as fases até encontrar a sua verdadeira identidade. Enfim a estrela será sempre a estrela e aii de nós que digamos algum mal, somos logo apedrejados e fusilados de mil e uma palavras de indignação!
    Acho que já fomos todos assim ;)
    BTW é sempre fabuloso partilhar uma experiência dessas com os nossos filhos, o brilho que têm nos olhos é inestimável!

    Um beijinho

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  2. Susana,

    O erro nesse caso foi do apresentador, que confunde a personagem com a intérprete. Percebo que a miuda tenha necessidade de se libertar disso, o facto de não ter tacto a fazê-lo só denuncia a falta de maturidade, mas isso, infelizemente há gente bem maiorizinha a fazê-lo.

    Quanto aos autógrafos, não soube de nada. Resta saber se estavam previstos...

    Achei graça ao termo BTW, que costumo usar e já me valeu uma alcunha por parte de um amigo :)
    Beijinho

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