Do lado de fora, o dia cheira a pequenos almoços vagarosos, quentes. As torradas e o café com leite misturam-se com os sussurros das primeiras palavras que se trocam e escapam, abafadas, pelas frestas das portas. Escuto o tilintar dos talheres na loiça enquanto o elevador desliza ao meu encontro.
Do lado de dentro ficou o rasto macio do banho, o aroma do creme, do perfume, o sol entrando pela cortina que se deixa entreaberta, a cama em desalinho, os recantos da casa, a temperatura de uma noite bem dormida.
Do lado de fora está o frio que a lã protege. Do lado de dentro ficou tranquilo, aguardando, um bocadinho de mim.
O frio é tanto que só apetece estar enroscado (isto dizia-me o meu marido à pouco por sms)... uma grande verdade!
ResponderEliminarJinhos****
E assim nascem os dias de quem é sensível e está atenta.
ResponderEliminarGosto dos pequenos grandes nadas a que te prendes e partilhas connosco, fazem-me reforçar que és uma pessoa bonita. E isso tu tens todo o direito de o saber, não o guardo para mim só.
Um beijo da m.
Queres que te faça uma grande confidência? Às vezes acho que era mais fácil se fosse mais alheada.
ResponderEliminarMas obrigada pelas tuas palavras, que só confirmam a amizade e cumplicidade começada a 15 de Maio de 2008, num caminho até à Figueira que se faz até hoje.
Um sorriso grande, como o do Sol de hoje, querida Amiga.