A origem destas deliciosas casas, que mais se assemelham a casinhas de bonecas, remonta ao tempo em que, no início do século XIX, a Costa Nova era um extenso areal desabitado. Foi após a fixação da Barra do Porto de Aveiro, quando os pescadores das campanhas piscatórias de Ílhavo se mudaram para aqui, que começaram a construir-se os “palheiros” onde se guardavam as redes e outros materiais associados à pesca.
Originalmente em tons de vermelho, ocre e preto, os palheiros eram inicialmente amplos e sem quaisquer divisões interiores e, mais tarde, divididos com tabiques de madeira que eram decorados com conchas de ostras.
Foi com o crescente despertar da moda de ir a banhos que as famílias dos sócios, escrivães e “arrais” de outras companhias foram sendo atraídas para a zona nos meses de verão e outono, transformando-os nos atuais “palheiros”, com riscas coloridas, bem à “moda burguesa de ir a banhos” da segunda metade desse século, para que pudessem servir como habitação na estação balnear.
Após uma certa época de apogeu, a Costa Nova e as suas casas passou por um período de algum abandono, com uma considerável degradação de muitas delas. Felizmente, hoje são exceção os imóveis em mau estado de conservação e o cenário parece mais fruto de um livro ilustrado do que o de uma rua real, no coração do litoral da zona centro. Sem sombra de dúvida um lugar que não se pode deixar de visitar, nem que seja uma única vez na vida.
O meu desejo era comer cada uma das tuas escritas e com isto iria me fartar de conhecimento e aprendizados....
ResponderEliminarAmei cada uma das postagem e o dizeres a nos explicar com detalhes cada uma delas....
Deixo-te um bj de carinho e seu coração.... fico lá aguardando uma visita sua....
As imagens são bem giras :)
ResponderEliminaras casas são muito queridas e as tuas fotografias espetaculares, muito bem apanhadas!
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