14.10.14

Os gatos não têm vertigens

Os filmes a sério têm argumentos a sério, elencos a sério, cenários e adereços a sério, linguagem e comunicação a sério, enquadramentos cénicos a sério, preocupações estéticas e cromáticas a sério e sobretudo fazem tudo a sério sem necessitar ser pseudo culturais ou pseudo elitistas.

Os filmes a sério, também têm bandas sonoras a sério e rendem-nos à eterna evidência de que quando fazemos as coisas a sério, quando somos coerentes e fazemos justiça à história que queremos contar - na ficção, como na realidade - é à Arte da Vida que honramos, acima de tudo.

Os filmes a sério, infelizmente, nem sempre são os que têm patrocínios de um milhão e meio.
Os gatos não têm vertigens, é verdade. E eu, que já me cruzei na vida com uma mão cheia de alguns como este, conheço bem as entranhas de quem cresce filho de ninguém e que cedo tem um terraço como a melhor das casas. Só por isso sei que muitas vezes a realidade ultrapassa mesmo a melhor ficção.
Nota máxima para a jovem revelação, num elenco de luxo. João Jesus, puto, tu prometes muita coisa. Estou de olho em ti!

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