31.5.13

Infância

Pelas crianças que fomos. Pelas crianças que temos nas nossas vidas.
Porque a verdadeira infância começa no dia em que somos pensados, desejados e aguardados por quem nos acolhe em si.
Porque «a mão que embala o berço é a mão que comanda o Mundo».

Catorze minutos sobre aquilo que na vida nos liga à Vida. A relação e a comunicação. O Amor.
Um video que fiquei a conhecer hoje, através de Look Book, e que não resisti a partilhar aqui.

Amanhã celebra-se um dia de todos os dias. 
Porque o melhor do Mundo fomos e somos todos nós. 
Feliz Dia da Criança!


30.5.13

Os morangos


Os Morangos! Ai os Morangos de que tanto gosto estão quase a terminar... Mas também gosto tanto da fruta que nos traz a próxima estação que mal posso esperar para a provar. Entretanto, com estes, fazem-se muitos sumos e batidos, para aproveitar até à última.

E como rei morto, rei posto, os doces alperces já ganharam terreno por aqui!

27.5.13

Maduro Maio



Este Maio que tanto me apaixona, entrou na sua reta final.
O verde dos campos vai dando lugar ao maduro feno. Os dias crescem. O sol, ainda que tímido em alguns dias, insinua-se. 

Junho aproxima-se de mansinho e promete, sussurrado no vento, pintar os dias com a intensidade do calor.

Vou ter saudades de um dos meus meses preferidos, mas anseio por Junho, com o presságio de coisas boas.


Última semana, antes de contar meio ano.
Maio, maduro Maio. Vou ter saudades tuas.


26.5.13

Smoothie de framboesa (ou como hoje precisamos de vitaminas extra!)



Por aqui é assim que começa o dia, com o coração da adolescente em frenética contagem decrescente para ver os mais que tudo aos pulos no palco... e esta mãe que vos escreve, escalada para andar pelas capelinhas atrás da moçada! Delicias da maternidade! Bem preciso de vitaminas!

One day or another, eles crescem... e temos saudades disto tudo :)

Siga, lá vou eu atrás dos miúdos!

25.5.13

Sábado


Uma tarde, um parque, sombra, sol, um livro, um gelado.
E a vida sorri.

A educação dos filhos e o lado B da vida

Enquanto mulher, mãe e educadora é impossível cruzar-me com um artigo tão brilhantemente clarividente como este e não o partilhar.

Uma excelente, excelente abordagem sobre todo um método de educação geracional. 
Na exata medida do que defendo e pratico. E a filha cá de casa bem sabe, de cor e salteado, que para bem dela, muito para além do amor incondicional e até em nome dele, um dos meus principais papeis é proporcionar-lhe um adequado e sensato numero de frustrações. 

Apoiar um filho nas suas dificuldades e nas pequenas injustiças que vai sentido nunca foi para mim moldar-lhe um mundo à medida. Por aqui, por exemplo, sabe-se que se um professor não for tão justo quanto o aluno merecia o segredo é aprender com método, respeito e verdade a mostrar-lhe o quanto estava errado no seu juízo ou conduta. E se esse é o caminho mais longo é também o único que prepara, à sua pequena escala, a longa caminhada profissional da vida adulta. 

No mundo do quero, posso e mando tudo, a rédea sempre foi e sempre será curta. Não tenho - nunca tive - uma filha que tomasse tudo por garantido ou que fizesse birras em bebé ou amuos em mais crescida, para pedir ou ter fosse o que fosse. E isso em nada se prende nela com a ausência de uma personalidade forte ou determinada, obstinada muitas vezes, mesmo. Simplesmente sempre foi claro que esse nunca seria o caminho que a levaria ao que pretendia. 

Não raras vezes, a propósito de pequenas discussões do dia a dia, em que cada uma puxa para o seu lado e esgrime argumentos para defender o seu ponto de vista, oiço a frase Ó mãe, por amor de Deus, estávamos só a falar do tabuleiro do pequeno-almoço e tu já vais na organização do mundo e em filosofias de vida! 
E vou, pois vou, e não raras vezes lhe respondo Aproveita minha rica filha, que há muitos adultos a pagarem pipas de maça para fazer workshops a ver se aprendem o que aqui te ensino de graça.

Por aqui, para que não haja dúvidas, muitas vezes esclareço que as obrigações de uns pais - porque nenhuma criança pede para vir ao mundo - são proporcionar adequada alimentação, educação e cuidados de saúde a um filho. Esta ou aquela marca de cereais ou batatas fritas, este ou aquele dossier, esta ou aquela escola, este ou aquele telemóvel [até determinada idade de necessidade e utilidade muito discutível], este ou aquele pc, não fazem parte do pacote das obrigações parentais. 
Uma coisa é, cumulativamente, podermos, eles terem idade em cada uma das suas etapas, e fazerem por merecer. Outra bem diferente é proporcionar-lhes tudo o que o dedo aponta ou a cabeça idealiza só porque sim, a tudo o custo, a qualquer preço, apenas ensombrados pela angústia e frustração dos meninos e meninas. Absurdo. A frustração é um dos principais obstáculos interiores e exteriores com que vão ter de aprender a lidar se quiserem ter uma vida feliz. Sublinhe-se que aprender a lidar com a frustração não é de todo aprender a desistir do que queremos ou merecemos. É aprender a lidar com compassos de espera, com avanços e recuos, com respostas negativas, com as mais simples contrariedades mesmo quando aparentemente estava tudo garantido.
E não, aos catorze não se pode ir a todas as festas, nem ter todas as roupas que gostaríamos, nem todos os gadgets começados por i, nem um baton da Chanel. Aos catorze anos podemos gostar disso tudo, podemos ter e fazer algumas coisas dessas, com conta, peso e medida... e podemos sempre celebrar o aniversário com a surpresa de um bolo que nos faça sorrir ;). 

A acrescentar, nunca me canso de repetir Eduardo Sá, «todas as boas mães são suficientemente más». E se é verdade que o título do artigo que partilho é propositadamente polémico, porque para nós um filho vale tudo, não é menos verdade que o que ele mais merece é que não lhe vendamos uma vida de gato por lebre. Uma vida real é o melhor que temos para lhes dar. E nem vale a pena hesitar nisso.



23.5.13

Do dia









Um dia saboroso, de reencontro com amigos queridos. De conversas entrecruzadas, de passeios pelo Chiado e de fim de dia num parque de cidade onde apetece ficar longas horas.

Dias diferentes, bonitos, plenos de cumplicidade, pelo meio de dias que são menos fáceis, para todos nós.
Dias que sabemos fazer especiais porque os três somos feitos da matéria que dá - sempre deu - o verdadeiro valor às pequenas grandes coisas. Deixamos entrar o sol.

Comporta







Há muitos anos, num nublado e quente dia de Agosto. E ela tão pequenina 

22.5.13

Diz o avô e diz o bebé!




Há muito tempo que me apetecia regressar a uma doce memória da infância.
Quem nunca provou - e adorou! - um Boca Doce de Morango, ponha o dedo no ar!
Não me considero uma pessoa saudosista, daquelas que acha que antigamente era tudo melhor e do ó tempo volta para trás, mas há coisas em que sabe bem fazer um regresso ao passado, isso é verdade. 
Esta é, sem dúvida, uma viagem muito fácil de realizar! 

21.5.13

O correr dos dias






O correr dos dias vai varrendo as nuvens de Maio. Junho está quase à porta. São inevitáveis os balanços de meio ano praticamente cumprido. A Natureza não pára e, Sábia que é, como a Vida, tem sempre respostas. Num tempo certo que é o seu.
Enquanto se aguardam noticias do Futuro vive-se o Presente com tudo o que de pleno tem para ser vivido. Chama-se Gratidão e, esteja ou não o vento de feição, cultiva-se todos os dias.

Sempre que possível



Começar o dia com tempo para saborear cada momento do pequeno-almoço é para muitos um luxo nos dias que correm. 
Por aqui, no meio deste estranho e prolongado intervalo que a vida me vai impondo, aproveitar milimetricamente cada uma das suas vantagens é um prazer que cultivo com amor e entrega.

Um pequeno-almoço recheado de vitaminas, o sol a entrar pela janela e os pássaros a chilrear no beiral.

Há dias em que dificilmente se pode pedir mais :)

A essência do amor





Uma abordagem simbólica, não raramente minimalista e maioritariamente narrativa. Usando e abusando da linguagem do que de mais forte têm as relações - o silêncio. O silêncio cúmplice que constrói e apaixona. O silêncio corrosivo que fere e destrói.

To the wonder, é o título original de um filme marcadamente contemporâneo sobre os encontros e desencontros de cada história que é simultaneamente nossa e dos outros. A busca incessante por compreender e experienciar o que é a essência do amor. Uma prece que, acreditemos ou não num amor que nos transcende, todos fazemos ao longo dos caminhos que percorremos pela vida.

Com nota máxima para a deslumbrante fotografia, é um filme que vale a pena ver por toda a diferença que o caracteriza. Para mim marcou o regresso às salas de cinema de que tanto gosto e não podia ter valido mais a pena. Para saborear com atenção aos detalhes, sem expetativas grande ação e muita abertura de espírito. Um resultado tentado mas patética e redondamente falhado em A árvore da vida, aqui superiormente conseguido.




20.5.13

Simply Food



Acredito que as melhores refeições são as mais simples, que os mais simples ingredientes merecem as melhores porcelanas, que é simplesmente delicioso comer diretamente da saladeira e que as sementes de papoila vão bem com quase tudo na cozinha.

Este foi o almoço
:: agrião
:: morangos
:: requeijão
:: sal
:: azeite
:: vinagre balsâmico de framboesa

... e um enorme sorriso de satisfação!

Bailarinas




Fotografar bailarinas é sempre revisitar Degas.