Sorri. Há muito tempo que eu e
ela somo silenciosamente cúmplices a uma distância física que é mero detalhe.
Numa fase complexa que há muito se prolonga na minha vida, é bom ler e confirmar que alguém que, como ela, passou e superou tantos desafios, tem agora a justa compensação e a sorte por que lutou.
Não acho que a vida nos dê azares, mas sim oportunidades de crescimento, experiências para melhor sabermos quem somos, que limites conhecemos e que limites superamos, até onde nos conseguimos levar e onde conseguimos chegar. Mais, não tenho a menor dúvida que conseguimos sempre muito mais do que imaginamos e que a nossa elasticidade e resiliência são muito maiores do que supúnhamos. Para o confirmar basta que nos dispúnhamos a sair, sempre que necessário, da nossa zona de conforto. E por muito que canse - e cansa! - e por muito que desgaste - e desgasta! - é também neste processo que mais e melhor antecipo sempre o momento em que um dia, no dia certo, todo esse esforço é compensado e recompensado. Como foi o dela. Como sei e nem por um segundo duvido mesmo nos piores momentos - tantos! - que será também o meu.
Entretanto, neste intervalo que a vida me impõe, valorizo cada dia, cada momento, com a reconhecida gratidão que tenho por tudo o que me é oferecido sem esforço - como a saúde dos que amo, os amigos incondicionais que tenho, a inesgotável fonte de energia com que nos brinda a natureza - e aproveito, milimetricamente, aquilo em que tenho sorte e que só Deus sabe o trabalho que me dá ou deu!
Hoje, mais uma vez,
esta sintonia. E só nós sabemos até que ponto, S. querida. Que bom!