Começam brandos e mornos, no ritmo e na temperatura. Caminham mansos, entre passos incertos de certezas. Mergulham nas ondas. Correm demorados entre os grãos de areia a passar por entre os dedos. Saboreiam gelados. E fruta. E pele com sabor a sal. Contemplam. Passeiam-se. Em memórias do presente e saudades do futuro. Regressam sem pressas, pelos trilhos de sempre. Entram pelas frestas das janelas de luz coada pelos estores. Sussurram segredos da intimidade das paredes adormecidas à rua que passa enamorada lá fora. Deixam entrar o canto dos pássaros e mais tarde o canto dos grilos. A luz da lua. Conjugam o sabor prosaico de rodelas de pepino e uma lata de atum. Um chá frio. São feitos de palavras que são feitas de silêncios. Os dias intensamente felizes não são os que falam mas os que murmuram. Baixinho.
Lindo... um apelo sussurrado aos sentidos e aos sentimentos.
ResponderEliminarMurmúrios sentidos no coração, vozes de silêncio que tudo dizem...
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