Depois de há minutos atrás ter sabido que tinhas partido, corri em busca das imagens que te trouxessem para mais perto e tentei alinhar palavras que pudessem exprimir o que foste e o que sinto. Foram, afinal de contas, as minhas palavras que nos fizeram cruzar o caminho... Mas não consigo. Não hoje, querido amigo.
No meio desta nossa amizade feita de encontros e desencontros, apetecia-me falar do teu mau feitio (sim, sabes bem que tinhas mau feitio e hoje não me apetece ser simpática porque estou zangada contigo, por te ires embora assim, como se tivessem autorizado), das tuas graças, dos teus eternos galanteios ao mulherio que te rodeava, do teu dom da palavra, do teu poder de observação, do teu imenso talento para a fotografia, da tua incontornável e gigantesca capacidade de comunicação. De tudo e do tanto que te devo e nunca esqueci. Mas não consigo, Carlos. Hoje não.
Resta-me o consolo de há duas semanas atrás, quando inesperadamente me entraste pelo rádio dentro, te ter enviado uma mensagem dizendo que te ouvia, que o teu trabalho tinha muito valor e que já tinha saudades da tua voz. Está guardada a resposta tua.
Ainda bem que raramente me esqueço que pode não haver amanhã...
Queria dizer mais, Carlos Nuno, coisas com nexo, coisas lindas, com a tua estatura, mas não consigo. Não saiem. Hoje não.
Fica em paz.
Tua Guida.
Que mensagem tão bonita! Fiquei surpreendidíssima quando soube da notícia. Mas ele deixou muito dele para todas as pessoas que o viam e ouviam. Marcou a diferença no mundo, e isso é muito importante. E agora está em paz.
ResponderEliminarUm beijinho.
Sem dúvida Jane. Um Senhor da Comunicação.
ResponderEliminar... e obrigada! :)
ResponderEliminarTão sentido.
ResponderEliminarQue homenagem tão bonita! Foi uma pessoa que marcou pela diferença, que marcou por tentar trazer cultura às nossas casas. Será sempre lembrado.
ResponderEliminarBeijos****
Porque as pessoas realmente geniais nunca se vão embora da nossa vida. Por enquanto as cruzaram deixaram resquícios seus que são eternos.
ResponderEliminarO mundo fica mais pobre, mais triste mas é com homenagens destas e com aquelas que lhes fazemos secretamente no coração que os mantemos presentes.
Um beijo especial*
Foi talvez a pessoa que mais fez pela cultura neste país. Como ouvi alguém dizer, após a sua morte, O Carlos era um homem agridoce. Sorri, porque era de facto assim, o seu temperamento. Tive o privilégio de contar com a sua sincera amizade. Uma boa parte dele tocou para sempre parte da minha vida. Fica a saudade.
ResponderEliminarObrigada a todas. Beijinho