Uma abordagem simbólica, não raramente minimalista e maioritariamente narrativa. Usando e abusando da linguagem do que de mais forte têm as relações - o silêncio. O silêncio cúmplice que constrói e apaixona. O silêncio corrosivo que fere e destrói.
To the wonder, é o título original de um filme marcadamente contemporâneo sobre os encontros e desencontros de cada história que é simultaneamente nossa e dos outros. A busca incessante por compreender e experienciar o que é a essência do amor. Uma prece que, acreditemos ou não num amor que nos transcende, todos fazemos ao longo dos caminhos que percorremos pela vida.
Com nota máxima para a deslumbrante fotografia, é um filme que vale a pena ver por toda a diferença que o caracteriza. Para mim marcou o regresso às salas de cinema de que tanto gosto e não podia ter valido mais a pena. Para saborear com atenção aos detalhes, sem expetativas grande ação e muita abertura de espírito. Um resultado tentado mas patética e redondamente falhado em A árvore da vida, aqui superiormente conseguido.